Dia Mundial do Veganismo celebra a vida sem o uso de produtos de origem animal

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O Dia Mundial do Veganismo é comemorado todos os anos em 01 de Novembro. Por intermédio de Louise Wallis, presidente da Vegan Society  a data foi instituída em 1994 em comemoração aos 50 anos da Sociedade Vegana do Reino Unido, fundada em 1944.

A data surgiu em 1994, por intermédio de Louise Wallis, presidente da Vegan Society, em comemoração aos 50 anos da fundação da Sociedade Vegana do Reino Unido, fundada em 1944. Veja abaixo como foi criado o Dia Mundial do Veganismo, nas palavras da própria Louise Wallis:

“É o aniversário de 21 anos do Dia Mundial do Veganismo neste ano, como fui eu que criei, me sinto como uma mãe orgulhosa.

Faz tempo que ele nasceu e está realmente crescendo bem. Em 2015, o Dia é fortemente comemorado, um evento internacionalmente reconhecido e está no calendário da mídia.

Mas então, onde foi que eu consegui a ideia do Dia Mundial do Veganismo? Não sei dizer exatamente, mas veio em um flash: em um desses momentos clássicos de “Aha!”

Eu era Presidente da Vegan Society (Sociedade Vegana) no momento, eleita em 1991 principalmente por causa da investigação encoberta que fiz em dois laboratórios animais. Foi um momento empolgante. A Sociedade estava chegando ao seu aniversário de 50 anos e estávamos pensando como poderíamos marcar essa ocasião.

Eu já tinha pensado na ideia de fazer um filme, e em 1992, em um dos primeiros exemplos de crowdfunding, eu criei o Vegan Video Fund. Convidei meu companheiro Frank e meus amigos Franny e Boo Armtrong para filmar e Benjamin Zephaniah para apresentar. Depois de um ano emergimos, cansados mas triunfantes com o filme Truth or Dairy (Verdade ou laticínios), um filme alegre, com um tom humorístico focado no veganismo.

Minha segunda ideia foi o Dia Mundial do Veganismo. Esse foi mais fácil: apenas tínhamos que anunciá-lo. Mas em que data seria? Sabíamos que a Sociedade tinha sido fundada pelo Donald Watson e amigos em novembro de 1944, mas não sabíamos a data exata. O primeiro dia de novembro parecia ser uma boa escolha, afinal, é fácil de lembrar e, como expliquei em 2011: Eu gostei da ideia de que essa data coincide com o Samhain/Halloween, e o Dia dos Mortos – tempos tradicionais para comer e celebrar. Ambos aptos e prometedores.”

Culturalmente, esse é o tempo do ano em que lembramos de nossos ancestrais e desses pioneiros que nunca estão longe da minha memória. Como escrevi em um editorial no The Vegan em 1994 (ao lado anúncio formal do World Vegan Day):

“É difícil imaginar como as pessoas se “inventavam” veganas. Nos anos 40, não comer produtos derivados de animais era algo desconhecido, ou considerado uma loucura inimaginável! Todo mundo realmente acreditava que eles iam morrer. Essa história me fascina. Como era possível que alguns poucos indivíduos espalhados pelo mundo simultaneamente se juntaram à essa visão revolucionaria para um futuro mais sano? O que nesse mundo os levou a restringir suas opções alimentícias em um momento de racionamento forte, enquanto a maioria das pessoas estavam simplesmente procurando algo para comer? E como que eles instintivamente sabiam o que fazer, quando ninguém havia feito isso antes?

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Louise Wallis criadora do Dia Mundial do Veganismo

Devemos tudo a esses sonhadores ousados, e no Dia Mundial do Veganismo fazemos um brinde a eles.

É tempo também de alegria, de banquetes e de conscientização. Sempre que eu procuro no Google “Dia Mundial do Veganismo” fico encantada com a criatividade: de festivais, provas de comida, amostra de filmes a jogos de futebol profissionais, flash mobs nuas e protestos comoventes.

Até hoje não caiu a ficha de que houve um debate no Parlamento ingês sobre o Dia. Foi conduzido pela vegana Kerry McCarthy, membro do Parlamento.

Às vezes, as pessoas me contatam para falar o que farão no Dia. A minha anedota preferida é do Jordan Wyatt, da Invercargill Vegan Society, na Nova Zelândia, “a organização de direitos animais mais ao Sul do mundo”. O DMV tem uma importância especial para o Jordan, como ele explica:

“No Dia Mundial do Veganismo de 2011, plantamos uma arvore memorial. Em 2012, fiz algo grande, coloquei posters, convoquei a mídicia, etc… Minha companheira viajou 200km para participar. Em 2013 já tínhamos nos apaixonado e ela veio morar comigo. No DMV em 2014, instalamos arte pública, posters, mídia, E nos casamos, no aniversário de 70 anos do veganismo.

Wow. Um casamento no Dia Mundial do Veganismo de um casal que se apaixonou do Dia Mundial do Veganismo, em uma cerimônia do lado de uma arvore plantada no Dia Mundial do Veganismo. Não há nada melhor do que isso.

De certa forma, a história de Jordan e Jen resume o propósito do Dia: Juntar pessoas. Demonstra quão poderosas as ideias podem ser.

Um tópico quente do momento é a teoria de “O possível adjacente”. Em termos simples, é o potencial (e a serendipidade) criados quando você percebe e junta o improvável.

Steve Johnson, é um líder exponente do assunto, ele escreveu o livro “best-seller”, Where Good Ideas Come From (De onde vêm as boas ideias?). Ele descreve:

“O Possível Adjacente é um tipo de futuro sombra, sobrevoando no estado presente das coisas, um mapa de todas as maneiras em que o presento pode se reinventar”.

Eu amo isso: “um futuro sombra” é como penso no Dia Mundial do Veganismo. O dia do ano em que podemos imaginar que nossos sonhos são reais. Temos um vislumbre de como um mundo vegano poderia ser. Quando podemos nos conectar com outros e influenciar o caminho das nossas vidas.

“A sorte favorece as mentes conectadas” diz Johnson. Criatividade, ele sugere, não vem de contemplações introspectivas e solitárias, mas da nossa pro atividade – vem de interações, de compartilhamentos, de trocas. A inovação é essencialmente social, ele argumenta, prosperar em espaços caóticos como em Coffee Houses, que famosamente levaram à criação do Iluminismo.

Como proprietária do Kabaret, uma casa de café que serve um café excelente no coração da comunidade artística do Nordeste de Londres, isso me agrada imensamente.

Tomar conta de estabelecimento vegano não era algo que eu previa. Veio por sorte por causa de uma conexão no Facebook.

O nosso slogan é: “Criando uma Cultura Vegana”. O conceito é tão novo que nem nós sabemos o que é! Estamos fazendo ele de qualquer jeito.

Nos promovemos vários eventos veganos, incluindo as Noites de Comédia Vegana, Drinks Veganos de Londres, e a Disco Vegana LGBT. Nesse ano, pro Dia Mundial do Veganismo, tomei todas as previdências e fiz uma inovação organizando a ExtraVeganza.

Vamos relaxar, zombar do Sunday Roast, tomar Prosecco, assistir um filme e ouvir as minhas duas pessoas preferidas discursar: Jasmin De Boo, CEO da Sociedade Vegana e colunista da Huffington Post; e Fiona Oakes, uma verdadeira mulher-maravilha, corredora de maratonas, quebradora de recordes. Vamos arrecadar dinheiro para o santuário animal da Fiona, o Tower Hil Stables, que abriga 400 animais.

Feliz Dia do Veganismo, independentemente do que você for fazer.

Isso foi dedicado a todos os sonhadores que andam por aí, e especialmente a Mat Swinn.”


A Sanity que através de treinamentos e prestação de serviços de consultoria sanitária em alimentos para a indústria de alimentos e Food Service, garante que veganos e não veganos possam consumir produtos de sua preferência sempre com a mais alta qualidade e dentro das normas regulatórias da ANVISA.

Pedimos auxílio ao caderno Paladar do Estadão e   trouxemos aqui algumas opções de receitas de pratos veganos para refeições do dia a dia. Claro que se você decidir se tornar Vegano, aconselhamos a procurar um médico e um nutricionista competente para que você possa fazer a transição de forma segura e saudável.

Ideias para o café da manhã

torrada com abacate se popularizou nos últimos anos e tornou-se um dos itens de destaque nos cardápios de cafés paulistanos. Fácil de fazer, pode ainda servir de base para diversos outros sabores. Para começar o dia, vale apostar no básico: abacate, azeite, limão e pimenta-do-reino.

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Torrada de abacate do Café Gitane, em Nova York, onde se popularizou a receita Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Para beber, um smoothie de manga, morangos e leite de soja é nutritivo e refrescante e não dá trabalho nenhum para fazer. Na receita da chef Carla Pernambuco, é só bater a manga e o morango congelados em cubinhos com o leite de soja no liquidificador e servir.

E se você é fã de salada de frutas, experimente incrementar com uma granola caseira. Na receita, a editora do Paladar, Patrícia Ferraz, ensina a fazer a granola com castanhas, frutas secas, flocos de milho, flocos de aveia, coco torrado e mel de agave – nada de origem animal.

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Granola caseira Foto: Gabriela Biló/Estadão

Pães veganos

Há diversos tipos de pães que não levam nenhum ingrediente de origem animal. Um deles é o delicioso pão de fermentação natural. A receita ensina o passo a passo para fazer em casa – e acredite, não é difícil. Se quiser fazer tudo do zero, ensinamos também a fazer o levain, o fermento natural que é a base do pão – ele é menos trabalhoso do que parece.

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O pão que tem como base o levain, fermento natural foto Werther Santana/Estadão

Já o pão árabe ou pão pita, a base do tradicional beirute, é ótimo para acompanhar patês, como o babaganoush (receita com berinjela) e homus (de grão-de-bico). O melhor é que ele leva apenas farinha de trigo, azeite, fermento biológico, açúcar e sal e é bem fácil de fazer em casa – aprenda nesta receita.

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Pão pita ou pão árabe Foto: Felipe Rau/Estadão

focaccia, o pão achatado italiano precursor da pizza, também é vegana. Na receita clássica, da região de Gênova, ela é coberta com bastante azeite, sal grosso e folhas de alecrim antes de assar. O pão sai do forno perfumado e pode ser servido sozinho ou com recheios, no estilo de pizza. Aprenda a fazer uma focaccia tradicional ou uma versão à francesa, chamada fougasse, servida coberta com azeitonas.

Se você quer sair do tradicional, há tipos bem diferentes de pães que são completamente veganos. Entre eles, o pão chato libanês grelhado tem sabor levemente defumado e é ótimo para comer com molhos e patês. Já o pão de centeio é uma outra versão de pão de fermentação natural, mas com o sabor e a coloração característicos do ingrediente. E a spirulina, também conhecida como alga azul, é o ingrediente chave deste pão de spirulina, feito com sal marinho, farinha de trigo e açúcar orgânico, que vai bem além do básico.

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Pão chato libanês grelhado Foto: Fred Conrad/NYT

Petiscos

Quando pensamos em petiscos, os chips de batatas são um dos primeiros que vêm à cabeça. Eles são veganos, mas o petisco vegano não precisa – e nem deve – se restringir à batata. O formato em chips fritos ou assados pode deixar qualquer legume, ou até fruta, delicioso. É possível fazer chips de batata-doce, banana, caqui, goiaba e até tomate. Confira como preparar chips de tudo, muito além da batata.

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Chips variados, de frutas e legumes Foto: Felipe Rau/Estadão

Para um aperitivo, o grão-de-bico, um ingrediente versátil, aparece em uma versão de snack picante nesta receita fácil e rápida de fazer. Vira um prato viciante e você pode comer à vontade.

Já em cima de uma fatia de pão com tomate, o tapenade, uma pasta de azeitonas pretas, vai muito bem. Além disso, dá para incrementar pizza ou sanduíche com ele.

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A pasta de azeitonas pretas pode ser usada em pizzas, sanduíches ou como aperitivo no pão Foto: Codo Meletti/Estadão

Massas veganas

Se você é fã de macarrão, pode fazer um prato bem elaborado sem nenhum ingrediente de origem animal. Essa massa com castanhas e tâmara mistura sabores e texturas e sai bastante do básico. E a receita de penne com alcachofra e shiitake, feita com alho e óleo e temperada com vinagre balsâmico, ensina a fazer um prato bem saboroso e leve. Em ambas, basta servir sem o queijo parmesão.

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Penne com alcachofra e shiitake | foto Walter Costa/Estadão

Pratos de arroz

Dá para fazer também pratos completos de arroz, preparado com ingredientes diversos que ficam deliciosos e fogem do arroz e feijão de todos os dias. Confira 22 receitas de “arroz com coisa”, para variar no clássico brasileiro. O arroz de frutos da terra, cozido em um caldo que leva, entre outros ingredientes, casca de abóbora refogada, é uma das opções veganas que fazem uma refeição completa. O arroz com lentilha é outra delas. O prato de tradição árabe fica bem saboroso nessa receita em que é preparado com especiarias e cebola caramelizada. A sugestão é acompanhar com abóbora assada.

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Arroz de frutos da terra Foto: Samuel Antonini

Sopas

Como entrada ou prato principal para uma refeição leve em dias frios, as sopas veganas não precisam ser sempre um caldo de legumes sólidos. Essa sopa de abóbora com cebolas assadas e especiarias é exemplo disso. Na preparação, os legumes vão ao forno antes de virar sopa, ao invés de cozinhar na água – o segredo para deixá-la super saborosa. Para uma versão de caldo vegetal diferente, experimente um consomê feito com brócolis, ervilhas e cogumelos, de preparação rápida e fácil.

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Consomê vegetal, com brócolis, ervilhas e cogumelos Foto: Codo Meletti/Estadão

Sorvetes veganos

Para a sobremesa em dias quentes, sorvetes são a escolha perfeita. E não se preocupe, é possível fazer sorvetes veganos que ficam igual ao de uma sorveteria profissional. Nesse sorvete de morango e mel, você pode substituir o mel por mel de agave, xarope natural extraído de uma espécie de cacto. A massa fica cremosa e a receita pode ser feita de sabores diferentes, usando outras frutas.

Para um picolé, experimente fazer um de frutas vermelhas que Francisco Santana, da Escola do Sorvete, ensina a fazer, junto a seis dicas para fazer o picolé perfeito.

E se você quer um sorvete diferentão, feito em casa e totalmente vegano, o sorbet de jaca pode ser uma boa opção. Ele usa polpa de jaca, de jaca dura, a semente da fruta e jaca em calda, além de açúcar e glucose.

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Sorvete de morango e mel para fazer em casa Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Sobremesas

Aqui o mel de agave, de que falamos acima, pode substituir o mel comum em todas as receitas. Neste abacaxi assado com especiarias e sorvete de coco, as fatias de abacaxi são carameladas em uma calda de laranja com mel e especiarias. Ele fica docinho e com diversos toques de sabor, dado pelas especiarias. O abacaxi pode ser feito antes e aquecido só na hora de servir.

cuscuz doce com amêndoa e ameixa, que tem como base uma calda feita com açúcar e água em proporções iguais, temperada com baunilha, canela e cravo em pó e aromatizada com água de flor de laranjeira e um toque de suco de limão, é uma sobremesa bem diferente – e não parece, mas é bem fácil e rápido de fazer.

Já o espetinho de frutas do chef Alain Ducasse dá um toque adocicado às frutas, que são colocadas já no espetinho na frigideira com mel em ponto caramelado e uma folha de capim santo e depois cobertas com a calda que restou. É fácil e versátil. Apesar da receita sugerir fazer com morangos, ameixa, maçã e pera, você pode usar as frutas que preferir.

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Abacaxi assado com especiarias e sorvete de coco Foto: Codo Meletti/Estadão

Churrasco

Os veganos não precisam ficar de fora do churrasco! A grelha transforma texturas e suaviza o sabor, extraindo açúcares naturais que emprestam um toque adocicado aos vegetais. Por isso, não há desculpas que justifiquem deixar de fazer um churrasco sem carne. Entre as dicas para levar à grelha, estão cogumelos, minilegumes e endívias caramelizadas, que o Paladar ensina a fazer neste caderno de receitas de churrasco vegetal.

Além desses, dá para grelhar praticamente tudo. Guacamole, pão, frutas, salada, bife de tofu com tahine e até molhos e bolo. Aqui você aprende em 101 receitas para fazer na brasa da churrasqueira.

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Churrasco de minilegumes Foto: Codo Meletti/Estadão

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