A Consultoria na área sanitária de alimentos é um tipo específico de prestação de serviços, é importante que se entenda o papel deste serviço antes, durante e depois da contratação. Você sabe de fato qual o papel de uma consultoria na área sanitária de alimentos? Antes de mais nada vamos definir o que é consultoria.

Segundo Google dictionary consultoria é:

1. Ação ou efeito de dar consultas, conselhos etc.
2. Ação ou efeito de (um especialista) dar parecer sobre matéria da sua especialidade.

Existe ainda uma confusão que é feita entre prestar consultoria e assessorar.

Ainda que sejam funções semelhantes, existem diferenças nas atividades da assessoria e da consultoria e a maior delas consiste na forma da prestação de serviço.

A consultoria realiza um diagnóstico da situação da empresa, onde é possível identificar falhas ou melhorias possíveis e indicar ao empresário alternativas para a solução de determinado problema. Já a assessoria propõe soluções já prontas para estas falhas e melhorias já identificadas. Ela funciona como uma segunda etapa após a consultoria. A grosso modo ainda podemos simplificar que: uma diz o que fazer e a outra ajuda na implantação.

Perceba que a consultoria exige um conhecimento prévio, uma experiência pré-adquirida onde vários cenários tenham sido vivenciados para fornecer caminhos adequados para cada situação. Para este serviço empresas de consultoria funcionam também como importante fonte de benchmarking, uma vez que possuem contato com várias empresas de segmentos diversos, órgãos fiscalizadores e legisladores, conselhos de classe, associações, etc., trazendo uma massa de informações fundamental para tomada de decisões. Não confundir benchmarking com espionagem (preocupação que algumas pessoas tem). As informações que são trocadas são relacionadas não a produtos ou operações específicas, mas sim a desafios e problemas comuns ao segmento.

Empresas de consultoria geralmente funcionam com divisões de tarefas entre seus profissionais que permitam foco cada vez maior no seu campo de atuação. A Consultoria na área sanitária de alimentos não é diferente, para fins de exemplo podemos citar:

• Departamentos técnicos que se atualizem constantemente quanto à legislação e questões tecnológicas, participando de eventos e fóruns diversos que permitam tal atualização;
• Departamentos que cuidam do benchmarking (podendo ser este o Próprio departamento técnico, ou comercial);
• Departamento regulatório, que com o passar do tempo começa a conhecer pelo nome os responsáveis por prefeituras diversas, facilitando e muito a comunicação.
• Departamento de treinamento que pensa em novas abordagens cada vez mais didáticas e customizadas para os clientes;
• Departamento de auditorias, que igualmente pensa em check-lists customizados, ferramentas específicas;
• Departamento administrativo focado em manter a saúde financeira da empresa,
• Departamento operacional que além de questões técnicas se capacitam para enfrentar confrontos e situações de tensões com empatia e resiliência, etc..

Por isso, o background de uma empresa neste segmento é tão importante, sendo o consultor a ponta do iceberg. A velha piada do consultor ser aquele que lhe fala aquilo que você já sabe e lhe cobra por isto, não faz mais sentido, uma vez que no mundo atual é impossível manter o foco no seu negócio se mantendo antenado em todo o universo que o cerca.

Legislações que surgem e se atualizam a todo momento e que divergem de Município a Município de Estado a Estado, ações fora do padrão de órgãos fiscalizadores que podem mudar por região, demandas que exigem expertises multiprofissionais. É aí que entram as consultorias, sendo o consultor a linha de frente, a ponta da lança de uma estrutura que permita que ele execute o trabalho de forma produtiva e o mais objetiva possível. Na maioria dos casos as empresas maiores oferecem um serviço misto que engloba consultoria e assessoria, fornecendo equipe para implantação e monitoramento constante do serviço.

Nestes casos, o consultor pode fazer o papel de assessor e consultor, porem geralmente as ações que serão implantadas são discutidas com uma equipe, baseado em todo arcabouço de conhecimento coletivo, formado pela empresa, que permite tomada de decisões mais consistentes e menos arriscadas.

Saber o que fazer, fazer o que se sabe, respeitando as necessidades e particularidades de cada um. Esta é a lei!