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quarta-feira, 12 de maio de 2021

O impacto da gestão da qualidade nos negócios do setor de alimentos

O impacto da gestão da qualidade nos negócios com a Sanity Consultoria

A gestão da qualidade nos negócios do setor de alimentos é crucial em um ambiente de alta competitividade e com consumidores bem informados. No artigo abaixo veremos que é possível manter uma boa gestão da qualidade com baixos custos para os empresários do setor de alimentos no Brasil. Os autores desse artigo são:

Ana Luiza de Lima Tavolaro
Coordenadora de operações Sanity
CRN 41116
e
Ricardo Sousa Fernandes
Gerente de operações Sanity
CRMV 23917

A mudança de perfil dos consumidores é algo constante e notório em todas as áreas, especialmente quando trata-se de bens de consumo, englobando a área de alimentos. O perfil da população em relação ao consumo de alimentos tem apresentado mudanças significativas ao longo dos anos, bem como seu perfil de compra.

O mundo moderno levou à diversas mudanças no estilo de vida das pessoas, dentre elas a redução do tempo para produção e consumo das refeições ao mesmo tempo que houve grande aumento na preocupação com a qualidade dos alimentos consumidos, especialmente àqueles consumidos fora do lar.

Com o amplo acesso às informações, aliado ao incremento da tecnologia, a concorrência de mercado está cada vez mais acirrada, sendo assim, torna-se fundamental a melhoria constante de processos, desenvolvimento da criatividade e foco em gestão organizacional, possibilitando o fornecimento de produtos de qualidade aliado a diferenciais em relação aos concorrentes.

Conclui-se assim, que a satisfação dos clientes é elemento vital para a manutenção e crescimento das empresas e está totalmente relacionada ao tripé: preço, qualidade e serviços.

Sendo assim fica a pergunta:

E é possível ter uma boa gestão de qualidade e reduzir custos ao mesmo tempo?
– Sim, é possível!

Como? Através uso da gestão inteligente e integrada à operação reduzindo gastos associados à não conformidades como: retrabalho, danos de imagem relacionados ao recall, custos por ações judiciais, falta de padronização no produto, redução do valor de venda devido à baixa qualidade, entre outros.

Quais são as principais ferramentas para gestão da qualidade?

Existem diversas ferramentas de qualidade que podem se adequar perfeitamente ao seu negócio. Eis algumas delas:

5 Sensos

Conhecido como 5S, é também uma ferramenta utilizada para sistematização aperfeiçoamento aspectos fundamentais e básicos para a empresa como organização e limpeza.

Os 5s são:

  • Seiri: utilização
  • Seiton: organização
  • Seiso: limpeza
  • Seiketsu: padronização
  • Shitsuke: disciplina

A ferramenta 5S possibilita a avaliação das necessidades, visando manter o ambiente sempre limpo, organizado e padronizado, reduzindo o tempo produtivo despendido com falhas nesses processos e mantendo sempre o que for necessário em fácil acesso. Pode ser considerada uma etapa inicial para o processo de controle de gestão. Além disto indiretamente, tende diminuir ao longo do tempo, riscos de acidentes, de contaminações e custos de processo.

PDCA

O PDCA é a ferramenta de controle mais comumente utilizada para a promoção de programas de melhoria contínua.

A ferramenta se divide em 4 partes, sendo elas:

  • Plan: Planejamento, definições de metas concretas a serem atingidas e os métodos necessários para tal;
  • Do: Fazer, execução do que foi planejado, coleta de dados, e treinamentos e orientações a equipe operacional;
  • Check: Verificar, comparar os resultados e dados coletados na ação com as metas previstas no planejamento.
  • Act: Agir, correções visando melhorar o processo e método utilizados que foram ineficazes, e padronizar os métodos que obtiveram sucesso.

Seis Sigma

O Seis Sigma é um conjunto de práticas que visa melhorar processos e eliminar erros possíveis. Surgiu na Motorola em 1987 com o objetivo de aumentar a competitividade de mercado e utiliza como padrão o ciclo DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar), sendo cada uma dessas etapas fundamentais para o sucesso da gestão. Através da implantação, foi possível para a Motorola a redução de custos e aumento da satisfação dos clientes, sendo posteriormente amplamente utilizadas por diversas grandes marcas.

Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa é um método de análise gráfica cuja finalidade é organizar o raciocínio visando diagnosticar causa raiz de problemas e definir prioridades de ação, relacionando os efeitos com suas possíveis causas.

O Diagrama de Ishikawa é normalmente utilizado junto ao brainstorming, onde toda equipe é ouvida de forma igualitária para que todos possam expressar suas ideias de possíveis causas do problema em questão.

5w2H

É uma ferramenta de destaque quando pensamos em planos de ação. Trata-se de um conjunto de questões com objetivo de tornar mais clara a visualização e organização de ações.

São 07 perguntas para formação do plano de ação a ser tomado:

  • O que fazer?
  • Quem irá executar?
  • Quando será feito?
  • Onde será realizado?
  • Por que precisa ser feito?
  • Como será executado?
  • Qual o custo dessa ação?

A partir das respostas das perguntas citadas acima torna-se claro todo o processo que envolve ou envolverá o plano de ação

ECR (Efficient Consumer Response – Resposta Eficiente ao Consumidor)

Para a área de logística no varejo, essa é uma das estratégias de gestão mais utilizadas. O ECR permite a criação de um sistema eficiente, visando a integração entre fornecedores e varejistas com foco em melhoria de processo e satisfação de clientes. Essa ferramenta possibilita integração e acesso ágil entre fabricantes, distribuidores e varejistas.

Visto tais benefícios você pode se perguntar:

É viável a implantação destas ferramentas no varejo de alimentos?

Podemos dizer que não somente é viável, como de grande impacto, pois além de trazer um maior conhecimento em relação ao perfil do consumidor, gera oportunidades, reduz custos, melhora a produtividade e consequentemente aumenta a probabilidade de reter os clientes.

Integrada às ferramentas da qualidade a tecnologia também é fundamental para a gestão de negócios hoje em dia. O Controle através interpretação de dados coletados em checklists elaborados especificamente para o seu negócio, tomada de decisões estrategicamente embasadas em indicadores apresentados em painéis estatísticos, controle on demand de documentação, são fundamentais para um gestor moderno que visa resultados sustentáveis a curto e médio prazo.

E quando se fala em qualidade, não tratamos apenas da qualidade final do produto através da saúde e segurança do alimento, que é muito visada por consumidores cada vez mais exigentes e informados, a qualidade do atendimento e do serviço prestado como um todo fideliza o cliente e garante seu retorno ao estabelecimento.

A gestão bem implantada, com apoio da tecnologia e com visão de negócio auxilia não só na garantia da qualidade, mas também no aumento da lucratividade, diminuição de desperdícios, otimização do tempo x produção e, principalmente, a satisfação do consumidor.

 

REFERÊNCIAS:

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LARENTIS, F.; SLONGO, L.A.; MILAN, G.S. A relação entre o gerenciamento por categorias no varejo de auto-serviço e a prática do marketing de relacionamento. Revista Eletrônica de Administração, 2006. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/read/article/view/40559>. Acesso em: 20 abr. 2021.

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ROJO, F.J.G. Qualidade total: uma nova era para os supermercados. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, vol. 38, n. 4, Out./Dez. 1998.

SENHORAS, E.M. O varejo supermercadista sob perspectiva. Revista Eletrônica de Administração, 2003. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/read/article/view/42672>. Acesso em: 21 abr. 2021.

TOFOLI, E.T. Gestão da qualidade em serviço: a busca por um diferencial pelas empresas de pequeno porte do setor supermercadista da região noroeste paulista. GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, Lins, ano 2, vol. 4, p. 139-150, jul./set. 2007. Disponível em: <https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/viewFile/174/122>. Acesso em 19 abr. 2021.

 

 

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